O regresso e os testemunhos dos jovens da EPAFBL sobre a experiência no
estrangeiro
Durante o mês
de dezembro de 2016, os dez recém-diplomados da EPAFBL que realizaram um
estágio extracurricular de três meses em diversos países europeus regressaram a
Torres Vedras, para, numa sessão de avaliação na Câmara Municipal, poderem
partilhar as suas experiências. Em comum, o facto de todos considerarem que foi
fundamental para o seu crescimento profissional, mas, essencialmente, pessoal.
Apesar das dificuldades iniciais, todos se adaptaram às vivências num país
diferente e superaram as expectativas iniciais.
Aqui temos
alguns desses testemunhos, ainda durante a mobilidade:
– Daniel Caiado – Técnico de Recursos Florestais e Ambientais (Reino Unido)
“Tenho imensa
pena que esteja acabar porque necessito de mais tempo aqui para desenvolver por
completo o inglês.
No estágio,
adoro mesmo a equipa com que trabalho, são pessoa espetaculares e com quem
tenho passado muitos bons e memoráveis momentos.
O trabalho
tem sido árduo mas nada a que não esteja habituado, é muito bom trabalhar estas
tais árvores de natal.”
- Gustavo Santos – Técnico de Produção Agrária, variante Vegetal (Chipre)
“A experiência tem sido bastante
positiva. Gosto de tudo. As pessoas são simpáticas, o clima é ótimo e já me
sinto praticamente em casa.”
- Luís Carvalho – Técnico de
Produção Agrária, variante Vegetal (Chipre)
“O nosso local de estágio é uma
quinta de agricultura familiar que tem, como ponto forte, a venda de
azeitona para fabrico de azeite, mas produz, também, outras frutas e ervas
aromáticas que transforma em compotas na maioria das vezes.
Aquilo que mais gosto durante este
estágio foi, exatamente, a forma como me adaptei às dificuldades com a língua
e, também, gostei das paisagens que são muito bonitas e do clima mais
quente, e claro das pessoas que fui conhecendo ao longo do tempo.”
- Maria Luís – Técnico de Produção Agrária, variante Animal (França)
“Estou
a realizar o meu estágio do projeto Erasmus + em Latresne, uma pequena aldeia
perto de Bordéus. O estágio é na área da caprinicultura. Por isso, diariamente,
realizo várias tarefas distintas. O meu dia começa por dar a alimentação aos
animais, de seguida realiza-se a ordenha, e, finalizada, a limpeza da sala de
ordenha. Concluída esta parte, é hora de ir para a fábrica de queijos,
local onde se efetua os diferentes processos de preparação dos queijos para
estarem prontos para o consumo, e uma ou duas vezes por semana realiza-se
a confeção de iogurtes.
Estou
a gostar muito desta experiência por ter a oportunidade de aprender diferentes
métodos de trabalho. O que tenho mais saudades é da comida portuguesa e dos
familiares mais próximos.”
- Mélanie Andrade – Técnico
de Processamento e Controlo da Qualidade Alimentar (Espanha)
“Está a ser uma experiência
única, já aprendi muitas coisas novas, cresci a nível pessoal e a cidade de
Sevilha é linda, aconselho a visitá-la, vão gostar. Mas como é óbvio, já tenho
saudades de Portugal, principalmente das pessoas e da minha casa.
Estou a estagiar numa empresa de
Controlo de Qualidade Alimentar, visto que o meu curso está relacionado com
essa área. Nele, faço muitas coisas diferentes, mas o que gosto mais de fazer é
preparar as amostras para levá-las para o laboratório e de realizar manuais de HACCP,
planos de instalações das empresas e folhas de controlo de higiene, também
gosto de fazer os certificados de formação de manipuladores de alimentos. Para
me deslocar ao meu local de estágio, tenho que apanhar um autocarro, pois fica
fora da cidade.”
- Simão Batalha – Técnico de Processamento e Controlo da Qualidade
Alimentar (Reino Unido)
“Eu estou a realizar a mobilidade
em Belfast, Irlanda do Norte. Não poderia estar a gostar mais. Para muitos
jovens que procuram uma mudança na vida, creio que, este tipo de experiência, é
aquilo que procuram.
No início, é normal que se
estranhe todos os hábitos diferentes que observamos na população natural de cá,
mas com o tempo isso passa e é muito bom poder ser autónomo e responsável e
sentirmo-nos adaptados a outra cultura e outro país.
Por fim, aconselho todos os
alunos do terceiro ano a começarem a marrar muito para inglês. Tenho a certeza
que se soubessem o quão bom pode ser uma experiência destas, não a quereriam
perder por nada. E não digo isto só porque estou a gostar, mas sim porque é uma
vivência que faz bem e que vos muda de certeza. Não fazem ideia da quantidade
de alunos que gostavam de realizar uma experiência destas “ à borla”.”