No passado dia 21 de Março comemorou-se o Dia Mundial da Árvore, Floresta e Poesia. A EPAFBL não quis deixar passar este dia sem o marcar de uma forma especial. Assim, cada turma teve oportunidade de apreciar um poema relacionada com este bem tão precioso e fazer uma das coisas que todos devíamos experimentar pelo menos uma vez na vida: Plantar uma Árvore! Para além da plantação as turmas devem "adoptar" a sua árvore, ou seja, cuidar dela o melhor possível. Foram feitas plantações de algumas espécies autóctones de Portugal, tais como, o Pinheiro manso, Pinheiro Bravo, Loureiro, Carvalho Português, entre outras. Em cada árvore foram colocadas indicações do nome vulgar, nome científico, bem como, da turma responsável pela mesma. A dedicação foi extrema e o divertimento também foi uma constante. Obrigada por tornarmos este mundo um pouco mais "verde".
Professoras Tânia César e Ana Paula Monteiro
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Poema das Árvores
As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores.
António Gedeão
2ºC
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